Contudo, Marcuse não era apenas mais um dos críticos da indústria cultural. Este intelectual militante enganjou-se nas lutas estudantis questionando toda forma de autoritarismo.
Sua crítica a ideologia do progresso era uma forma de se opor a posição dos meios de comunicação norte-americanos, principalmente durante a cobertura da Guerra do Vietnã (1961-1974). Baseado no tripé: filosofia, teoria social e política radical, o pensador entrou em estreita oposição aos seus companheiros de estudo, evidenciando a importância da práxis social.
Jean Paul Sartre: o intelectual militante
"Não importa o que fizeram de mim, o que importa é o que eu faço com o que fizeram de mim".
Jean Paul Sartre assombrará para sempre as estruturas conservadoras da sociedade contemporânea. Aos 63 anos ele esteve lado a lado com os estudantes franceses nas barricadas de Paris, em 1968.
Sua atuação militante deveria causar constrangimento aqueles que usam a idade como justificativa para uma mudança de postura política. Amante da arte e da vida, dizia que todo o intelectual deve voltar-se para a condição concreta de sua existência, não se deixando aprisionar pela abstração e inércia, próprias do meio acadêmico.
Na foto acima: Sartre está sentado ao lado de Daniel Cohn-Bendit, um dos principais líderes do movimento estudantil na França, em 1968.
No vídeo abaixo: o professor Osmar Schaefer fala sobre Sartre e Marcuse.
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